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COMO A AMÉRICA LATINA PODE LIDERAR A INOVAÇÃO GLOBAL EM OPEN BANKING

Como a América Latina Pode Liderar a Inovação Global em Open Banking

1 de julho de 2025

Após uma expansão constante pela Europa nos últimos anos, o open banking está ganhando força na América Latina. Brasil, México e Chile já implementaram marcos regulatórios, e a Colômbia está avançando para o compartilhamento obrigatório de dados.

Embora o modelo prometa inovação poderosa e ganhos de eficiência, o progresso tem sido desigual. Mas ao aprender com a experiência europeia — especialmente sua abordagem à padronização e regulamentação — a América Latina pode não apenas superar barreiras importantes, como também aproveitar suas forças únicas e garantir que o open banking realize seu potencial de transformar os serviços financeiros em toda a região.

O que a América Latina pode aprender com a experiência europeia

A PSD2 da Europa e os Padrões de Open Banking do Reino Unido lançaram as bases regulatórias para o compartilhamento seguro e baseado em consentimento de dados, exigindo que os bancos disponibilizassem APIs para provedores terceiros.

APIs abertas: a espinha dorsal da inovação fintech na América Latina

A padronização ajudou a reduzir os custos de conformidade — especialmente em AML (prevenção à lavagem de dinheiro) e KYC (conheça seu cliente) — e melhorou a compreensão e inclusão do cliente em torno do open banking. No entanto, apesar desses avanços, a regulamentação sozinha não impulsionou a adoção em larga escala, principalmente pelos seguintes motivos:

  • Fragmentação persistente – Apesar de marcos sólidos, o ecossistema bancário digital da Europa permanece fragmentado, com regras de APIs que variam entre os países.

  • Resistência institucional – Muitos bancos tradicionais e menores na Europa resistiram ao open banking; alguns por relutância institucional, outros por limitações de recursos para atualizações digitais.

  • Fricção com o cliente – Talvez o ponto mais relevante para a América Latina: o ceticismo do cliente persiste, com muitos ainda em dúvida se os benefícios do open banking compensam os riscos percebidos de compartilhamento de dados.

Os limites da regulamentação e a promessa do mercado latino-americano

Apesar dos fortes marcos regulatórios, a Europa tem tido dificuldade em transformar a promessa do open banking em impacto prático no dia a dia: menos de 10% da população europeia utiliza atualmente serviços de open banking. Esse baixo nível de adoção mostra que obrigar o compartilhamento de dados é uma base importante, mas não suficiente para impulsionar o uso por conta própria.

É aqui que a América Latina pode brilhar. Com mais de 3.000 fintechs no mercado, a região é um terreno fértil para o open banking, e já demonstra forte impulso para atender milhões de pessoas desbancarizadas e sub-bancarizadas.

Veja como a América Latina pode aprender com a Europa e aplicar soluções locais para impulsionar a próxima fase do open banking:

  • Fragmentação – Embora desafiadora, a América Latina já conseguiu firmar acordos regionais em padrões ambientais e farmacêuticos. O crescimento de players transfronteiriços como Nubank e Mercado Livre também pode facilitar a harmonização regulatória.

  • Resistência institucional – Aqui, a América Latina tem uma vantagem clara: menos sistemas legados obsoletos e uma taxa maior de digitalização; tanto os players estabelecidos quanto os inovadores são mais ágeis do que seus equivalentes europeus.

  • Fricção com o cliente – O progresso recente em inclusão digital e financeira mostra que os usuários se engajam quando a experiência é intuitiva, segura e oferece benefícios concretos.

Construindo um open banking centrado no cliente com base na ‘Gustanomia’

À medida que a América Latina continua aprovando novas legislações sobre open banking, os bancos têm a chance de construir um sistema que seja aberto por design, mas centrado no cliente. Ao aprender com os desafios enfrentados pela Europa e aproveitar seu ecossistema fintech vibrante, a região pode desenvolver o open banking como parte de sua jornada contínua rumo à inclusão financeira.

Aplicar os princípios da Gustanomia — necessidade, incentivo, status e engajamento — é a melhor forma de os bancos acelerarem a adoção: tornando os serviços de open banking visivelmente benéficos para a vida financeira dos usuários, incentivando e recompensando o uso, oferecendo experiências compartilháveis e criando ambientes digitais envolventes.

E por meio da fusão entre uma regulamentação eficaz e unificadora com a eficiência dinâmica do mercado, a América Latina pode mostrar ao mundo como concretizar o potencial do open banking para beneficiar — e incluir — todos.

Entre em contato conosco para saber mais sobre a oportunidade do setor bancário na América Latina.

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